Neste momento, você e eu nos tornamos mais humanos. Alguns estão definindo estratégias complexas enquanto vestem pijamas (não é o certo, eu sei). Outros estão dividindo seu horário comercial com seus filhos ou netos em casa, observando planilhas e discutindo ao celular, enquanto ouvem ao fundo “baby shark”.
As regras do jogo mudaram. E a aceleração desta adaptação nos assusta.
As empresas que entenderam isso, rapidamente alteraram sua estrutura: seus canais de comunicação se digitalizaram, o time de vendas saiu das ruas, e agora, finalmente concilia à tecnologia com o momento em que o mercado vive.
Mas como todos, nossa maior luta está sendo a adaptação das expectativas.
Você já ouviu o suficiente sobre uma “crise sem precedentes”. Mas o que podemos aprender e fazer com ela?
Neste momento, a primeira coisa a se fazer é ajustar o foco, adequando os objetivos de sua organização, e se perguntar: “como posso ajudar?”.
Os cases que se destacam neste período são focados nesta empatia de mercado. Serei mais específico: ao ser humano deste mercado.
As empresas Claro/NET, Sky, Vivo TV e Oi TV liberaram diversos canais gratuitamente para tornar mais agradável este tempo em casa. O Mercado Livre, McDonalds e Giraffas alteraram seu logotipo para demonstrar apoio ao isolamento social. Burger King promete destinar parte do lucro ao SUS. A AMBEV está usando as linhas de produção de cervejas para produzir 500 mil unidades de álcool em gel a fim de distribuí-las em hospitais públicos.
O ponto não é mais seu objetivo pessoal. Neste momento, a essência é a coletividade. As marcas inteligentes estão aproveitando para reforçar o seu propósito, criando laços mais profundos com seus clientes.
Enquanto escrevo, espero que as empresas que conheço estejam se perguntando como devem se adaptar para ajudar a sociedade neste momento difícil. Precisamos saber quais são as mudanças vitais (mesmo que temporárias) para passar pela crise.
Pense nas oportunidades que surgem, nas empresas que estão passando por cima desta luta. Aproveite as parcerias existentes e pense fora de sua redoma, buscando como finalidade um bem maior.
Talvez por um tempo, se prepare para adiar as expectativas de crescimento. Aproveite para criar raízes mais fortes com seus compradores e clientes. Quando todos sairmos desta, o cenário vai ser composto daquilo que plantamos agora.
O futuro chegou e cobra seu preço. O que você pode fazer por ele?